Recordar é viver, foi a expressão que sempre ouvi as pessoas que se adiantam umas décadas de nós as duas verbalizarem fazendo-se acompanhar da lágrima que gotejava do seu rosto, relembrando o passado.
O passado que bom ou não faz sempre parte de uma pessoa, é o mesmo passado que lhe mostra ao longo dos anos a sua evolução, a conquista de vários pontos seguros que dia algum julgou ter em sua posse.
Poderia ter redigido esta carta a inúmeras pessoas da minha infância, mas não há nenhuma que retrate melhor a minha infância, desculpem meus caros amigos mas esta menina é sem dúvida uma pessoa que merece o aplauso. És a escolhida, possivelmente por termos rescindido da presença uma da outra assim que perdemos contacto mas por mantermos viva a dita “chama” de que a nossa relação seria eterna. Não somos as melhores amigas de sempre, tivemos divergências enquanto crianças, discutimos e partilhamos amizades – sujeitamos as nossas personalidades até que elas coincidissem e soubessem aceitar-se mutuamente!
Ainda assim tenho a certeza, total certeza, de que os seis anos que passaram fizeram duas grandes meninas. Passamos a fase de infância juntas mas desenvolvemo-nos separadas, mas ainda hoje nos concebemos e eu prometo que a cor viva do nosso amor vai continuar sempre ali, no tom perfeito.
Para sempre, uma parte S*
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