I'll wait .

Vou esperar. Sentar-me na cadeira castanha polida pelo tempo que por ela já passou, vou fechar os olhos e deixar que a morna aragem arrefeça o meu rosto que se encontra coberto de cutículas de água causadas, julgo eu, pela elevada temperatura que se faz sentir.
Encontro as vagas imagens que o álbum me relembra, procuro cada vez mais pela ânsia de algo diferente que nunca mais chega. Mas como já disse, estou sentada e vou esperar. Vou aguardar que o tempo amaine, que os desejos assentem e para que a voz reflicta um pouco antes de pronunciar qualquer que seja a ”sentença”. E mesmo que eu seja a única a esperar, não me vou apressar ou precipitar, todos os olhares ou falsos sorrisos vou ignorar e eu garanto concentrar-me em mim – só em mim!
A longa duração de um momento prolonga tudo o que ele carrega consigo – sentimentos, afeição, carinho, o facto de querer que aquilo persista e sobreviva a variadas e evidentes marés.
                Considero um despacho semelhante a uma tatuagem – por vezes, quando crescemos olhamos para o ontem e connosco e só para nós dizemos que foi um erro , e é por isso que quero confiar que a demora leva a perfeição e quanto mais eu deliberar, melhor será aquilo que eu fizer. Poderá ser a comparação mais ridícula, mas se interiorizarmos a ideia, porém faz sentido.
                Afirmo com a máxima certeza que irá demorar, que não depende só de mim mas que eu busco algo que só tu me podes dar e eu sei que se te esforçares consegues. 

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