Inúmeras vezes me questiono, qual é o alicerce que projecta pessoas de coração frágil e sincero a transformarem-se em monstros horrendos que se apoderam de tamanho ódio interior que só causam sofrimento a outros seres.
Após horas, dias e semanas a diligenciar uma resposta concreta e objectiva, não sou capaz de afirmar em alto tom o que provoca tamanhas diferenças em tão pouco tempo num ser. Por vezes concluo que enquanto os indivíduos humanos não se respeitarem, mutuamente, a guerra não terá fim. Enquanto a cor, o nome da “raça” e até o formato dos olhos forem postos como primeira impressão certeira, jamais haverá amor entre todos e exterminadas serão as pessoas dessa doentia obsessão de obstruir o que para outros é o fundamento de uma vida, talvez a motivação de lutar por si próprio.
Será possível que alguém que habite neste mundo, viva e respire com coração de pedra? A sensação de infelicidade do outro, é entusiasmante ao ponto de se tornarem cruéis e no mínimo inúteis para cumprir o dever de se realizarem na vida, nutrindo a compaixão e a compreensão?
Temo que as minhas objecções bastante divergentes por parte de todos, influenciadas por discordantes motivações. Só aguardo que as minhas palavras, sejam interiorizadas e que o meu silêncio seja perceptível como uma mensagem aos que me rodeiam cuja possibilidade de eu fazer feliz, é absolutamente sensata.
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