Desde sempre que existem protótipos de ideais a seguir. Permanece eternamente o desejo de atingir a perfeição, cujos seres da vida real sabem não existir.
Sonham com a máxima beleza possível, com a fama o reconhecimento a nível internacional, com uma vida ausente de dificuldades ou obstáculos, como se tivessem nascido num berço de ouro. Esse tipo de pessoas subsiste ao longo de séculos neste pequeno planeta habitado por milhares de criaturas indefesas, muitas delas inocentes.
No que me diz respeito, eu não tento alcançar o dito impossível. Fantasiar faz parte de mim, mas não ao ponto de acreditar que um dia serei uma espécie de Angelina Jolie ou Beyoncé. Não suponho que serei reconhecida, viverei de mãos largas sem ter de me preocupar com nada, ou sequer que tudo o que eu quiser tenho. Felizmente vivemos num mundo de luta, onde todas as pequenas conquistas são batalhadas com o nosso suor, com as nossas mãos e pago com fruto do nosso esforço, do nosso corpo que aguenta diariamente os inconstantes estados de tempo.
Eu devaneio um príncipe, corroboro que o meu anda algures por este mundo fora, esperando me encontrar. Quero confiar que um moreno de olhos claros, com um sorriso encantador e com uma rosa na mão irá encaminhar até mim. Excluindo o cavalo branco, e suportando ao ombro uma guitarra ou apenas sobrevoar os paralelos da rua sobre uma “tábua de quatro rodas” minúsculas mas não menos resistentes. Só preciso da peça final que complete e preencha o puzzle mas ao contrário de muitas pessoas eu não vou afligir-me, a seu tempo ele chegará. Preciso somente de aproveitar a minha vida, o meu tempo e aquilo que já conquistei – exijo de mim mesma saborear as minhas vitórias, e orgulhar-me delas.
Todavia, milhares de pessoas afirmam que príncipes não existem, diminuindo assim as minhas esperanças. Contudo eu acredito em mim, é possível que eu seja uma “romântica sonhadora” mas que as luas, marés e estrelas fiquem do meu lado e que a sorte me acompanhe.
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