Last Forever ;

   Um dia percebes o porque da minha drástica postura. Possivelmente nesse mesmo dia irás compreender as lágrimas derramadas, e os vários suspiros num curto espaço de tempo; vais conseguir conceber o porque de me tentares, e também o que me levava a cair nas tentações.

   Todos os planos, todas as diversas e idênticas percepções que tínhamos, apontavam para um único ponto naquele “tiro ao alvo” que nos mantinha unidos. E que no fundo eu conhecia o desfecho. Apesar de tudo, eu conheço-me e tinha a certeza que, iria sentir saudade, arrependimento e sobretudo dor por não conseguir fazer perdurar algo impossível. Demorou o seu tempo, não nego. Mas consegui aceitar as promessas que tinhas para comigo e que se baseavam noutra existência; alterei a minha rotina, deixei de pensar em ti ou melhor: tu saíste da minha cabeça as vinte e quatro horas do meu dia; deixas-te de ser tema de conversa entre amigas, foste removido – lamento se te desilude.
Hoje sim, sei que não defendes o inestimável porte que a ti ofereci; não me ligaste quando precisei de me sentir segura, não me mandaste nem uma mensagem a dizer “amo-te” quando eu duvidei de nós – deixaste me emaranhar na onda de incertezas, que sempre se fundamentava nas pessoas que não nos deixavam ser felizes. Não pulaste a janela, não vieste a correr para me olhar nos olhos e certificar-me de que era eu quem querias para ti. Não fizeste nada disso, deixas-te me alterar a minha prática – aquela em que tu já não existias.
   Por fim, mudei o teu nome da lista telefónica. Deixei de te ligar, de sentir vontade de ir ter contigo, ou simplesmente de te ter nos braços; deixei que persistisses, tal qual como me lembro de ti, bom ou mau foi aquilo que fiz e não me arrependo. Sabes que não te acorrento, não te exijo um desprezível perdão – porque apesar de eu sentir culpa e de querer pensar que as coisas não são assim, na verdade é que elas são ridiculamente assim – sem pontos ou parágrafos acrescentar.

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