Vivem-se dias diferentes, marés ocultas e tempestades difíceis.
Há dias em que sonhamos ser médicos, bombeiros e até mesmo super heróis para puder ajudar ‘o desconhecido’. Por outro lado existem dias em que idealizamos ser perfeitas noivas, enquadradas num vestido consumado á medida, suportando na cabeça o leve peso da jóia ou então arrastando conjuntamente o sapato de um salto agulha firme e resistente.
Sim, há dias e dias. Nuns preferimos ajudar, noutros preferimos ser o personagem principal subjacente a uma história que acaba por ter um final feliz, confeccionar todas as formas e artimanhas possíveis para fugir ao mau estar interior, a dor, a perda e até ao sentimento de inutilidade – todos nós, sentimos tudo isto. E eu não sou excepção.
Talvez incompreendida por deixar cair nas faias o que realmente carrega consigo este desabafo, eu sinto que tenho de proteger-me usando a máscara de “menina-mulher”. E provavelmente a minha incerteza seja a tua confusão instalada neurónio por neurónio. Hoje é um mau dia para conversas, ou desafogos. Sinto-me débil, delicada, frágil ou como lhe quiserem chamar, hoje apetece-me mudar tudo e todos. Apetece-me dar a volta de cento e oitenta graus na minha vida, e se querem que vos responda a tão importante questão: não eu não me sinto bem comigo.

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