Segundo a minha noção da humanidade, neste momento sinto que a minha mente se encontra inundada de felicidade e cuja hilaridade externa não pode perturbar o que nela se enquadra.
Toda a minha emoção se foca nas tuas mãos, no teu puro entusiasmo de ser e me fazer feliz. Confesso: é a primeira vez que uma só pessoa me desperta o relógio de tal forma, que acelera toda a sua constituição, os ponteiros disparam como se não houvesse amanhã e todos os caminhos se definem melhor. No sentido de que a sua visão se aperfeiçoa, os objectivos se salientam e todos os medos se perdem. Ao longo deste caminho tenciono tornar-me cada vez mais eu, faço questão de traçar as minhas linhas com as minhas próprias mãos sem que necessite de outras para amparar. A tua sinceridade cativa-me de tal forma que olhar te nos olhos é já uma essência de perfeitos e inocentes amantes vivendo o seu amor escondidos do mundo.
Pretendo daqui em diante conjugar os verbos no presente e futuro obstante. Afirmo ser eu quem te apoia nas decisões, nos momentos difíceis, quem te dá o ombro amigo sem pedir qualquer tipo de recompensa. Em tempos não muito remotos, neste preciso momento estariam a proferir: «deveria ser eu quem», como se o nosso final estivesse marcado. A verdade é que não está, e tal como hoje, encaraste-
me olhos nos olhos verbalizando que irias cumprir todos os meus sonhos, calçando-me o sapato no pé e agarrando-me na mão efervescendo o meu afecto incontrolavelmente há muito desejado.
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