Hoje as insónias possuem-te. Os fortes suores frios afectam-te, de tal modo que as tuas pupilas mal conseguem respirar o ar leve do sono. O teu cérebro inala a falta de sensatez, que desde há muito usufruis.
E eu tenho os mesmos sintomas que tu, os calafrios na barriga e a vontade de te observar de longe e se te sinto perto dirigir o olhar ao chão. E apesar de julgarem que nada é o “drama” que eu considero ser, só tu compreendes as minhas palavras, e só eu compreendo as tuas atitudes. Só ambos sabemos o que nos une e eu ainda não sei se é feliz ou infeliz, saber que nunca mais vou esquecer o teu rosto no teu auge de delírio, a tua mão segurando bem forte em mim e a tua voz no meu ouvido pedindo para que eu não impusesse limites.
No entanto é quase incontrolável a vontade de te pedir ou exigir algo mais. Algo que eu sei que não serás capaz de me dar, e que talvez não chegues nunca a perceber o que é. Mas eu considero-te capaz de tal acto, capaz de conseguir fornecer-me a segurança, a totalidade que me resta.
Basta prometeres que eu não desisto, não quero resistir. Quer eu queira, quer não és o novo começo.

1 comentário:
obrigada Ana * (:
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