Number One.





Apercebi-me de que não quero para mim o rapaz que age de acordo com os olhos e não com o coração. Aquele que escolhe e assume o que os olhos preferem; aquele que se deita com uma hoje e outra amanhã e que decididamente acredita poder brincar com os sentimentos de todas, em simultâneo. Existem mil e uma coisas de que gosto nele, e apenas duas ou três me fazem desistir. Sem me aperceber fui-me apaixonando; incrível como acontece sempre assim – sem quereres, ou esperares.
Embora penses que não a dor também me afecta, me torna louca irresponsável; me faz voltar as costas a quem fica do teu lado; a quem finge ser minha amiga e dois dias depois se agarra a ti e te dá o que eu te dei. A quem possivelmente, dizes o que a mim disseste; mas com uma diferença: eu não fui tão fácil quanto elas e foi esse o meu erro. Acreditar que a tua espera, foi uma espera de quem de facto tinha certezas … mas não e em vez de seres tu a embalar-me, e a confortar-me dos desalentos são os meus cobertores. Que acalentam, e acalmam os meus anseios. Que controlam a minha nostalgia e as lágrimas e insultos que já quis dirigir-te.
No fundo, tu não és de ninguém. Tu não amas, iludes. Tu queres agora, e amanhã já não. E eu sou a parva, que guardou as mensagens – que as lê, e pensa “ afinal onde estás? “. Não estás, nunca estiveste e agora sou eu quem não quer que estejas. Guardo o melhor de mim, de ti e de nós. Logo que consertes a falta de maturidade, e o sentido de ‘magoar’ as pessoas nós podemos falar. Podemos conversar, longas e longas horas como fizemos outrora. Podes dar-me a mão, podes chamar-me ‘coisas parvas’ como gostas de o fazer, sem que me magoe. Mas se quiseres voltar, para consolar o sofrimento que outra te causou, não o faças - pois ao doer-te, dói-me; ao chorares, choro. Percebes? Estou na tua mão, embora não goste desta posição. 

1 comentário:

Daniela disse...

Siim gostei , e claro que sigo :)